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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

"Encias"

Mais um texto da Tertulia Benfiquista, so para não dizerem que não postei nada neste dia que começou chuvoso!

"Pondo-me ao serviço das brincadeiras entre a imaginação e o anseio, dei comigo a dialogar com ambos sobre os elementos que a pessoa que os acolhe – eu – achava importante, e determinante, contratar de vez para o plantel das atitudes/posturas que Direcções, Sócios/Adeptos e Atletas deveriam constituir, na formação de uma equipa de predicados devidamente coesa, que garantisse não só vitórias nos vários campeonatos comportamentais em que nos vemos sistematicamente inscritos e envolvidos, mas sobretudo afiançasse prestações seguras, honestas e inequivocamente dignificantes.
Para a baliza a titularidade seria entregue à Previdência, nada melhor que tal atributo para evitar golos desnecessários e dar confiança aos restantes elementos da equipa. A defesa seria entregue à Resistência, à Consistência, à Exigência e à Decência, dando um exemplo de que dificilmente nos deixaríamos ultrapassar quer em situações de fora-de-jogo, quer em jogadas de bola (am)parada ou corrida.
No meio campo, a zona fulcral de todas as acções, ocuparia uma posição central a Essência. Tem de ser a Essência a pautar todas as jogadas. É ela que caracteriza o que temos de fazer. É por ela que se passa o que se passa (interna e externamente), logo terá de ser respeitada por nós e temida pelos adversários. A sua substituição, derivação ou tentativa de alteração será sempre, mas sempre, prejudicial no desfecho final do que quer que seja onde estejamos envolvidos. Há que propalar e confiar na nossa Essência, honrá-la e dar-lhe a força e importância que merece. A acompanhar a Essência tem de alinhar a Excelência, a Inteligência e a Coerência, uma tripla que deve aparecer sempre junta, dado os excelentes resultados que este trio consegue quando actua em conjunto.
Para o ataque entraríamos com a Competência e com a Eficiência. E bastava!
Era este o onze ideal que eu exultaria ver alinhar em cada iniciativa de todos aqueles que constituem o Benfica. Desde o topo da cadeia decisora até ao tipo que enfia um carapuço temático para apoiar a equipa.
Claro que ainda existem outros atributos para ocuparem a escolha ideal – e lembro-me da Clarividência, da Concorrência, da Eloquência, da Experiência, da Independência, da Persistência, da Veemência, da Irreverência ou da própria Paciência – alguns dos quais prontos para assumir o seu papel como qualidades preponderantes, e outros mais reservados a entrar em certas alturas mais específicas.
Mas, isto, nestas coisas da conduta exigida, cada um é treinador sentado na bancada da sua Consciência.
Agora, aqueles que eu me recuso a admitir, e muito menos a aceitar como actores deste Clube, do meu Clube, são a Prepotência, a Interferência, a Tendência, a Obediência e o pior dos intervenientes, a Violência. Não equipamos a nossa alma às riscas, nem aos quadrados, nem às bolas, nem de qualquer cor; equipamo-la de vermelho, e isso tem de querer dizer, e mostrar, qualquer coisa de diferente, ou não justificaria tanto orgulho."

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