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terça-feira, 31 de março de 2009

Selecção de todos nós

Este é um post de futebol, mas não só!
Roubei este titulo a um texto de alguem que pensa exactamente como eu, e que me serviu de rampa de lançamento para este post.
Quem costuma conversar comigo sobre bola sabe de duas coisas, primeiro que sou fanático pelo Benfica, e entre outras coisas que não sou um grande adepto da selecção. Claro que em momentos decisivos torço pela selecção das quinas, e é obvio que quero que eles ganhem. Mas é algo consciente, e não é uma paixão. Como a emoção que tenho quando o Glorioso ganha, ou as azias (mais que muitas) que sinto quando perde.
Às vezes questiono-me o porque das pessoas sofrerem tanto pela selecção, e eu não sentir o mesmo. Sendo um amante de futebol como sou. O que é que leva uma pessoa num domingo a apupar e insultar um jogador da equipa rival, e no domingo seguinte apenas porque está vestido de encarnado e verde a aplaudir esse mesmo jogador? Pois eu confesso, custa-me muito apoiar jogadores como o Irmão do Geraldo, só para dar um exemplo. Para já não falar dos naturalizados, assunto esse já debatido aqui no chaparro. Acho que a selecção Portguesa deveria ser para Portugueses (ou pelo menos que tenham crescido em Portugal). É com pena que vejo que o regresso de um treinador portugues a nossa selecção não está a correr bem. Por um lado, eu gosto do Queiros, gosto da sua maneira de ver o futebol. E por outro, deixa-me bem lixado ouvir os velhos de restelo, e os defensores do Felipão a dizer repetidamente "E o burro sou eu?". Será que as pessoas pensam que estão a ser originais, engraçadas ou inteligentes a repetir uma frase dita e repetida milões de vezes? E pior, esses geralmente são os que não entendem quem é o verdadeiro burro da questão.
Como diz o tal texto que serviu de inspiração a este, tenho pena que as pessoas não entendam realmente como funcionavam as convocatorias, e que isso não signifique nada na paixão com que olham para a nossa selecção. Mas o que me deixa ainda mais pena, é que a paixão por Portugal no que diz respeito ao futebol, não seja igual em outras materias. Por exemplo que não se coloquem bandeiras nas janelas quando se foge aos impostos, ou quando nos armamos em Sainz nas estradas matando gente às centenas. Que não corram lagrimas dos nossos olhos quando pegamos fogos nas nossas florestas ou quando sujamos as praias e ruas. Ou que não se beije a camisola quando fazemos esquemas para viver às custas de subsidios sem trabalhar.
E chegando ao fim do post, não disse o mais importante. É que me é dificil torcer por uma selecção sem jogadores do Glorioso...

Ps. Senti-me mais Portugues ontem a apoiar o Frederico Gil contra o Nadal (grande jogo do portugues, obrigado pela dica André), do que em mil jogos da selecção a apoiar o Deco e o Pepe.

3 comentários:

Unknown disse...

E podes querer, que quem sabe o que é um bocadinho o Râguebi e tudo o que ele engloba em termos de esforço e paixão verdadeira, não dá valorsinho nenhum á selecção de futebol ou "A Nossa Selecção" (só se deles) como lhe gostam de chamar!

Senator Buscetta disse...

Não tens de quê ;)
Foi um grande jogo do 74º do ranking ATP contra o nº1 mundial. O 1º set foi mesmo sensacional...

Quanto ao resto, sofro exactamente do mesmo estigma, mas eu já não me dou ao trabalho de o tentar compreender. Já vem assim do meu pai. Torcer verdadeiramente é pelo Benfica, não se percebe, mas assim o é...

Toda as críticas ao sentimento "tuga" somente durante os jogos da selecção são coisas que já tenho falado no meu círculo de amigos, pelo que assino por baixo do que escreveste...

Cumps

Anónimo disse...

nao gostam nao vejam!e qdo o obikwelo(ou la como se escreve) ganhou medalhas... havia muito boa gente contente