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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Para quem tem filhos bébes

"A Aliança Europeia de Segurança Infantil
e a ANEC, Voz do Consumidor Europeurecomendam que os pais, avós e educadores utilizem alternativas mais seguras que os andarilhos (aranhas) e aconselham os profissionais de saúde a não promover o uso deste tipo de artigo para crianças.
Estes dois organismos europeus divulgaram ontem (18/10/2010) uma declaração de posição comum sobre o risco de lesões para crianças causado por andarilhos. Como parceira da Aliança e da ANEC, a APSI (Associação para a Promoção da Segurança Infantil) é também signatária desta declaração.
Em muitos países europeus, como a Suécia, Grécia e Portugal, os andarilhos provocam mais lesões do que qualquer outro artigo de puericultura, causando um número inaceitavelmente elevado de acidentes graves, como quedas, queimaduras e intoxicações.
Infelizmente, a maioria dos pais ainda acredita que o andarilho ajuda a criança a andar mais depressa e que é um lugar seguro para a deixar entretida, enquanto realizam outras tarefas. Mas ambas as noções não correspondem à realidade. Os andarilhos podem dificultar a aprendizagem do andar e aumentam o risco de lesões por acidente. A maioria dessas lesões são causadas por quedas, principalmente em escadas, e queimaduras, na maioria das vezes, no rosto e no peito, que podem deixar cicatrizes para toda a vida.
Sendo que os andarilhos não são um artigo de puericultura essencial e que o seu uso pode levar a acidentes com lesões graves, os parceiros europeus da ECSA e ANEC decidiram tomar uma posição comum e promover a não utilização dos andarilhos.

No comunicado, as duas entidades sugerem que:
Os profissionais de saúde alertem os pais de recém-nascidos, nas consultas de rotina, para o perigo dos andarilhos. Devem enfatizar os riscos de queda de escadas e o risco de o bebé chegar a objectos que pode puxar e que vão magoá-lo pelo impacto ou mesmo queimá-lo.
Os pais devem ser informados da existência de alternativas seguras como como os parques ou os centros de actividades fixos.
Devem também ser informados que os andarilhos não ajudam o bebé a começar a andar, pelo contrário atrasam o seu desenvolvimento.
Os resultados destas medidas devem ser avaliados. Se o número de acidentes não diminuir devem ser adoptadas outras, como a proibição de comercialização deste tipo de artigos.
De referir que no Canadá, a comercialização de andarilhos está proibida desde 2004. Em países como o Reino Unido ou Canadá, vários grupos de especialistas têm pedido essa proibição, mas os governos ainda não pararam para legislar sobre a questão.
É entre os sete e os 15 meses de idade que acontecem mais acidentes com andarilhos. Cerca de metade são quedas de escadas e em mais de metade dos casos registam-se traumatismos cranianos.
No seu site, os conselhos da APSI são quase palavras de ordem: «Diga NÃO aos andarilhos! Não compre. Não aceite como oferta. Não use. Se já tem um, deite-o fora, mas de modo a que não possa ser usado por mais ninguém.»"

Aqui

2 comentários:

Anónimo disse...

Concordo que os andarilhos não desenvolvam a marcha nem muito menos são "saudáveis"...

No entanto, em relação aos acidentes, a culpa não é do andarilho mas sim das pessoas e portanto se alertassem as pessoas para os cuidados que devem ter no dia a dia não se falava do perigo dos andarilhos e de outros objectos para bebés.

cláudia disse...

Um aplauso! Os andarilhos estão mais que desaconselhados e no entanto ainda há muitas pessoas que não conhecem os perigos dos mesmos. Nunca é demais divulgar. Bom artigo!