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sábado, 8 de agosto de 2009

Diario do Sudoeste

Este post, tal como o nome indica vai ser um diario do SW2009. Ao longo dos dias de festival, vou escrever o que tenho a dizer sobre cada dia de festival, e só no final colocarei o texto.

Dia 1 - Aquecer os motores. - Chegámos com calma ao recinto, e sem filas nem complicações comprámos os bilhetes e colocámos as pulseiras. Azul tal como no ano passado, acho que dava mais uma vez para entrar à pala com a pulseira do ano passado (já é o 3º ano com a pulseira azul).
Lá dentro, a primeira coisa que salta a vista é que a Montanha Russa não tem o mesmo charme da Roda Gigante. O recinto está bem maior, e a tenda Planeta Sudoeste está melhor. Este vai ser um festival mais calmo, pois é o 1º festival da Inês, e ela ainda curte isto de maneira diferente.
Depois de umas compras pelas barracas, vi o final dos FUNKyou2 e esperei pela actuação da noite. Estava com algum medo de estar realmente pouca gente, mas assim que David Guetta começou a tocar, vi que afinal o recinto estava bem composto. A meio gás claro, é quarta-feira e é apenas a recepção ao campista. O concerto foi mesmo muito bom, e foi um bom começo para o festival.
Dia 2 - Isto é o SW - Depois de mais um dia de praia, chegámos a tempo de ver Macaco. Na segunda aparição na Herdade da Casa Branca deram um bom concerto, pena não terem merecido uma maior assitencia. Mas é hora de jantar, e o pessoal ainda se dispersa muito.
Depois começou o concerto da noite, e um dos momentos altos do festival. Buraka arrasaram, e assim que começou o concerto, e olhei para trás, vi um mar de gente a correr chegando-se ao palco principal. Ai tive a certeza de que afinal o festival não tinha pouca gente. É certo que está longe das enchentes de outros tempos, mas está bem composto. Voltando a Buraka Som Sistema, pouco mais a dizer. Que grande malha! Nota ainda para a sandocha de porco no espeto que soube a pato.
Dia 3 - As surpresas - Dia de praia, mas cheguei cedo para ver o Carlito Marron. Carlinhos Brown deu um bom concerto. Começou com cerca de cem pessoas a ouvi-lo no palco principal, mas acabou com o recinto já bem composto, e visivelmente chateado de ser obrigado a ir embora depois de ter chamado o publico ao palco principal. Seguiu-se Madcon. Não é a minha onda e aproveitei para ir jantar. Comi qualquer coisa japonesa que não me lembro o nome. Obviamente fiquei com fome e tive de reforçar com uma tachadinha para ficar no ponto.
Logo em seguida a primeira descoberta deste SW. Muchachito Bombo Infierno. Não vi tudo, mas adorei o que vi destes espanhois. Mereciam claramente lugar no palco principal, e não sei se não os veremos em edições futuras. A tenda Planeta Sudoeste foi pequena para tanta gente que vibrou com os espanhois. Adorei!
Seguiu-se o concerto da noite. Mariza. Não gosto daquelas expressões que tentam sempre fazer comparações como "a nova Amalia" ou "o novo Eusebio". Mariza é sem duvida a diva de Portugal. Mariza brilhou no SW, e provou que o fado tem espaço entre o publico mais jovem. Mariza superou o teste com vinte valores.
Seguiram-se os Deolinda. Bem, aqui chegou outra surpresa. Mas pela negativa. Como definir melhor o que achei do concerto dos Deolinda do que com a palavra: secante! Não aguentei ve-los por muito tempo, e ao deslocar-me no recinto reparei que os grupos que tocaram nos palcos secundarios devem ter ficado muito agradecidos aos Deolinda pela exibição. É que os outros palcos estavam ao barrote, e até o concerto merdoso de Shaggy estáva super animado e repleto de publico aos saltos. Este dia ficou por aqui.
Dia 4 - O Dia - Chegámos cedo ao recinto, e aproveitei para comprar umas T-Shirts da IDWear, e trocar dois dedos de conversa com o seu criador. Pode ser que no futuro poste mais qualquer coisa sobre estas t-shirts. Seguiu-se uma descida no recinto para nos irmos posicionar para ouvir Blind Zero.
O concerto não foi mau, a banda tocou algumas das suas musicas mais antigas, mas ficou-me a sensação de nunca ter conseguido agarrar o publico. Acho-os uma boa banda, mas com pouca ligação com o publico e atitude em palco.
Quem agarrou o publico foram os senhores que se seguiram no Positive Vibes e que nos ofereceram uma grande Skazada. Mad Caddies. Bom concerto da banda da California.
E a seguir o momento da noite, e mais que provavelmente o momento do festival. Faith No More. Não há muito a dizer. Grande malha! Grande forma. Voltem depressa! Foi a grande enchente no recinto, e calculo que estivessem mais de trinta e cinco mil festivaleiros.
Depois de Faith No More, e para tentar combater a debandada geral de publico, chegou Etiene de Crecy e o seu cubo magico. Ficou muita gente a ver e ouvir, e aposto que o cubo deve ter proporcionado muitos filmes e fotos nessas camaras e telemoveis. Acabámos a noite, no estacionamento, sem bateria no carro, a fazer um encosto para poder ir embora. Obrigado ao simpatico amigo da Passat cinzenta! Amanha há mais.
Dia 5 - A despedida - O ultimo dia de sudoeste começou com um bom concerto de Gomo. Infelizmente, e como se passou com todos os concertos das 20h, Gomo teve muito pouco publico a ve-lo. E Gomo merecia bastante mais, pois é do melhor que se faz por cá na Pop nacional. A organização deveria seriamente repensar o horario dos primeiros concertos. É injusto para os musicos terem de tocar sem publico, pois as 20h ainda está tudo a chegar da praia. Quase que compensa mais tocar num palco secundario mas a horas decentes, do que ser o primeiro concerto da noite no palco principal.
Depois de Gomo, ainda consegui ver metade do bom concerto de Virgem Suta. A banda de beja sem medo de ser original e diferente, consegue um som muito engraçado que está aos poucos a conquistar fans.
Seguiu-se Marcelo D2. O brasileiro esteve ao seu nivel, e conseguiu boas malhas. Aqueceu bem uma noite de altos e baixos.
Falando em baixos, aqui chega o baixo da noite, e a meu ver, o pior concerto que vi no sudoeste deste ano. Amy Macdonald. A menina deu um concerto secante e desinteressante. Não me levantei sequer do chão para a ver. Boa ideia da organização em trazer esta menina, assim deu uma horinha aos festivaleiros para irem desmontar a tenda, enquanto ela tocava para quem não tinha mais nada para fazer.
Seguiu-se mais um concerto de que não gostei. A lollipop Lily Allen deu um concerto muito sub-16. Mas o publico parece ter gostado, e é isso que interessa. Para mim foi um pouco demais, até uma musica da Britney ela nos fez gramar. Com um ar um pouco bebado, conseguiu ser rebelde o suficiente para fumar dois cigarros em palco, e acabar o que parecia ser uma vodka. A Lilly é uma maluca. Digna de uma personagem mesmo rebelde dos morangos. Uau!
Como de costume, o melhor estáva reservado para o fim. Infelizmente não pude ver o concerto até ao fim, mas vi boa parte dele. E Basement Jaxx rebentaram com o Sudoeste. Se não foi o melhor show do festival, estiveram muito perto. Só talvez ultrapassados por os Faith No More. Quando aquelas Hot Mammas abriam as goelas, a herdade da casa branca ia abaixo. Adorei.
Fazendo o balanço, passou-se mais um grande festival. E mesmo com um cartaz fraco, curti bastante. Para o ano há mais!
Nota1. Fotos IOL.

Nota 2. Adivinhem quem é o casal que aparece desfocado do lado direito da foto do IOL?

7 comentários:

Anónimo disse...

Que fixe! Andámos bem perto, sem saber! Concordo com quase todas as tuas opiniões! Não vi o Gomo nem o Marcelo D2 com muita pena minha:( também adorei os Buraka e curti Faith! Só não concordo com a Deolinda, deram um belo espectáculo e foi uma alta festa. Fartei-me de dançar e cantar. Agora estou de regresso a casa para um banho quente e com um carro que não engana ninguém. eheh
**

Sam disse...

Pena não teres assinado o comment.

Pi disse...

=) Foste dono de um texto claro, concreto e conciso, acerca do Sudoeste.

Eu que apenas lá estive no Sábado (com muita pena minha) gostei que tivesses 'sublinhado' Mad Caddies, acho que muita gente perdeu um grande concerto, inclusivé todos os meus amigos, afastados 'pla poeirada logo aos primeiros acordes, ficando eu sozinha mas bem acompanhada a curtir um óptimo concerto. E claro Faith No More a partir aquilo tudo =)

Até para o ano "Vizinho"! Conheço algumas moças de Odemira, mas não vale a pena entrar em nomes que ainda fico mal vista!

Vou continuar a lêr-te, mais que não seja para me manter a par do que se passa no concelho ao lado!

Sam disse...

patricia, obrigado por teres paciencia para acompanhares. Vi, e gostei bastante de mad caddies. apenas n me podia alongar muito sobre tds os concertos com medo de fazer disto um testamento ainda maior. mas foi sem duvida um bom momento do festival

Anónimo disse...

Só fui na sexta feira e achei um SW com o ambiente normal.
Fiquei surpreendido com a receptividade do público ao concerto da Mariza, pensava que ia ser um fiasco e no fim correu mesmo muito bem, tb acabei por gostar.
Já Deolinda penso que não foi tão mau como dizes, embora não tenha sido nada de especial.
Madcon ouviu-se bem.

Cumps

Rui

Catarina disse...

que inveja! :P

Banna disse...

Bem finalmente venho expressar a minha modesta opinião...
Infelismente não me foi possivel ir o primeiro dia de festival... mas... aproveitei no resto...
Achei que estavam menos pessoas em relação a outros anos, achei o ambiente diferente, mas não pela negativa, menos comas, menos porcaria, menos brigas (PORRADARIA) etc...
Um ponto extremamente negativo, foi os preços, que loucura, uma imperial 2 euros? e a comida... CARISSIMA...
Quanto aos concertos, gostei muitissimo de Marrokan, Freddy locks, depois mariza surpreendeu pela positiva, nao esperava, e esteve muito bem, e gostei de deolinda.
Depois os pontos mais altos foi sem duvida, Madcon, Faith no more foram muito bons... Depois ainda houve outros a merecer algum destaque(Marcelo D2, Carlinhos Brown) e pela originalidadeo "DjCUbos"...
E o melhor mesmo ficou para o fim sem duvida, Basement Jaxx foram extraordinários, um grande ponto final nesta edição do festival sudoeste...
É de frisar, que tive de dormitar um pouco no concerto de AmyMcdonald, a musica era propicia e tinha de manter a regularidade de outros anos... e assim tenho a dizer... PARA O ANO HÁ MAIS!!!

P.S. estremamente desaontado, por não ter estado em David Guetta