Quase a acabar

Ora vamos la voltar a falar de futebol. Se é verdade que ainda faltam duas jornadas para o fim do campeonato, também é certo que na pratica ele está mais que acabado. Vou então fazer um comentariozito à epoca que está a terminar, e eleger o meu 11 ideal, e o Jogador do Ano. Assim como faltam ainda duas jornadas, daqui a duas semanas ainda tenho desculpa para fazer outro post, este sim definitivo, sobre a epoca e subidas e descidas.
Para começar, os Treta Campeões (como passou em rodapé na RTP). Mais do mesmo, nada a acrescentar, vacilaram no inicio mas depois por esta razão ou aquela, chegam ao fim em 1º.
Depois a Agremiação do Lumiar, acabam novamente em segundo, muito graças a um só homem, o Levezinho, ou como é conhecido por aqui: "o Au". Epocas regulares de Moutinho, Carriço e de um outro brasileiro que ja jogou nos 3 grandes e que não merece que o seu nome seja escrito neste Blogue. Não pensava que os gajos das riscas verdes se aguentassem, mas também, olhando para trás, so o Braga parece ser um perigo real.
Continuando a descer, e sem saber se a ordem é correcta, pois o Glorioso pode acabar a epoca ainda pior do que o 3º lugar onde se encontra neste momento, o que dizer? Desilusão? Apenas para quem se iludiu certo? Confesso que na pre-epoca, fiquei entusiasmado, mas como é facil provar pelo que escrevi aqui ao longo do ano, depressa perdi as ilusões. E infelizmente Quique nao me contrariou. Chegámos ao fim da epoca sem ver melhorias algumas no futebol da equipa. Futebol esse sem ideias, sem pressão, sem garra.
Confesso ser um adepto da continuidade, como se faz em Inglaterra, mas essa continuidade tem de ser feita com as pessoas certas nos lugares certos, e a mim, parece-me claramente que Quique não é a pessoa certa. Por duas razões. Primeiro o que salta à vista, a fraca qualidade que este treinador deu ao futebol encarnado. Segundo, não me parece que fosse intenção de Quique ficar no Benfica muito tempo. Parece-me que o espanhol sempre viu o SLB como uma rampa de lançamento para voos mais altos, e se os resultados tivessem aparecido ele seria o primeiro a abandonar o barco quando lhe acenassem com um clube do seu pais. Logo essa continuidade seria quebrada, mais cedo ou mais tarde. Afinal o Benfica e os maus desempenhos da equipa apenas serviram de rampa de lançamento para um mar cheio de tubarões.
Mas agora perguntamos: "quem será o homem certo?". Scolari? Jesus? Há até quem fale de Boloni. Falo por mim, o meu favorito é Jesus. Seria celestial ter o Jesus na catedral ao lado do Deus Eusebio, e da nossa senhora Nuno Gomes. Não sei sinceramente se irá resultar, ninguem sabe. Mas agrada-me bastante a aposta em treinadores e jogadores lusos, e tenho pena que o "3º anel" não conceda aos portugueses o mesmo credito que dá a estrangeiros. Jesus tem garra, ambição. E aquele ar tipico de taxista alfacinha, encaixa perfeitamente num clube do povo como o Benfica. Também não me importaria se viesse Cajuda. Aliás, desde que não venha o Scolari, tudo é bom! Até a permanencia de Quique seria um melhor cenario.
Passando a outros clubes, boas epocas de Braga e Nacional, já não são surpresa. E a eminente descida do Belenenses é uma pena.

Passemos então ao 11 do ano. Vou eleger uma equipa num 4-3-3. Aqui fica:
Gk - Eduardo
Defesas - Maxi Pereira, Miguel Vitor, Bruno Alves, Desmaret (sei que não é lateral, mas era o meu eleito)
Medios - Katsouranis, Raul Meireles, Lucho
Avançados - Hulk, Liedson e Néné

O jogador que para mim ganha o Chaparro de Ouro para jogador do ano é: Raul Meireles.

Ps. Num comentario a um post atras, pediram-me a opinião sobre a saida do Cardozo e do Luisão para inglaterra. Na minha opinião acho que seriam boas vendas. O Luisão estagnou na sua evolução, e a sua ausencia não seria neste momento um pesadelo. Portanto a sua saida com um bom encaixe financeiro, seria um bom negocio. O Cardozo, bem, para mim que não gosto dele nem que marque 50 golos, pode sair quando quizer. Tem um pé esquerdo fabuloso, pena esse pé não ser acompanhado com o corpo e o cerebro de um bom jogador de futebol. É apenas a opinião de um reles treinador de bancada... Que cada vez é mais de sofá, e menos de bancada.