SW 2010 Diario de Bordo

Dia 4, Recepção ao campista. Começou bem o festival com o Dj Nuno Reis a dar um bom ambiente ao recinto, seguido de Zé Pedro dos Xutos. Este não teve tão bem, conseguindo afastar algumas pessoas da frente do palco não sendo muito feliz com o seu set.
Seguiu-se o que vai ser de certeza um dos momentos do festival. 2ManyDjs. Grande malha, adorei. Eu e todo o recinto que dançou bastante enquanto eles tocaram. Palavra para os nossos amigos de Cuba, que ajudaram à festa. O meu primeiro dia ficou por ai, que o festival é longo e eu já não vou para novo.
Dia 5. O meu dia começou com Tarrus Riley no positive vibes, e do que vi da actuação, gostei. Muito bom som e boa onda. Seguiu-se a deglutaçao de uns noodles com camarão a ver uma parte dos The Flaming Lips. Cor, animação, movimento, bom som. Do que vi, pareceu-me um concerto bem animado.
Seguiu-se M.I.A. ou como se diz por cá Mia. Primeira palavra, cansativa! O concerto valeu pelos ultimos vinte minutos, onde conseguiu realmente agarrar o publico, de resto, apresentou-se com uma boa prestação visual, com a parte de video muito bem escolhida e bem feita, e um excelente Dj, que nos foi brindando com grandes sons. De resto os OI OI e aquele estilo Brit Trash foi repetitivo e cansativo. Momentos pensei que estava dentro de um episodio do Shameless. Rapidamente a frente do palco foi ganhando espaço, e ficamos bem à larga a ver o concerto. O fim da actuação foi melhor, com as musicas mais conhecidas. Por mim, podia ter vindo só o Dj.
Mas o melhor estava guardado para o fim, e Groove Armada deram aquele que pode vir a ser eleito o melhor concerto do SW2010.
Dia 6. Leivei a Inês ao seu segundo Sudoeste. OK o outro tinha sido ainda dentro da barriga, mas ninguem me convence que ela não curtiu Faith No More em grande. Continuando, Expensive Soul era cedinho, e dava para a levar. E assim foi, fomos ver um concerto boa onda ao por do sol, com um fim de tarde fantástico.
Voltei para casa, pois James Morrison e Colbie Caillat eram oportunidades fantásticas para poder vir trazer a Inês a casa e aproveitar para jantar nas calmas.
Voltei ao recinto ainda a tempo de ouvir as ultimas musicas de Colbie Caillat, e confirmei que embora com um bom som, aquele palco que já foi pisado pelos nomes que foi, não deve resistir a verter uma ou outra lagrima de saudade por vezes.
Para acabar o meu dia, porque infelizmente não pude ver os Orelha Negra, mais um dos momentos do SW2010. Jamiroquai. Com um Jay Kay em boa forma, foi um bom concerto, cheio de funk, que vimos na Herdade da Casa Branca. Um concerto que conseguiu sempre ter o publico na mão. E que enchente esta no Sudoeste. Só me lembro de ver tanta gente por lá aquando os concertos dos maiores nomes que por lá passaram.
Acabou, comi um cachorro e vim para casa.
Dia 7. Lollypop Day. Foi o dia em que passei menos tempo no festival. Vi um pouco das Sugababes, e vi Mika.
Sugababes afinadinhas, com pouca ou nenhuma presença. São claramente um grupo para passar nas radios. E naquelas como a Comercial que teimam em não apostar somente em musica menos a metro. Olhando mais para as audiencias e menos para a diversidade e divulgação. Com isto não tou a dizer mal da musica mais comercial, mas defendendo sim, um maior ecletismo nas radios nacionais. Voltando às tres raparigas, giras, afinadas, com musicas conhecidas. Recinto quase vazio. É nestas alturas que o slogan deste ano faz sentido. Há coisas que realmente não vale muito a pena ver, e é preferivel viver outras...
Depois chegou o Mika. Não é muito a minha praia, mas tenho de lhe tirar o chapeu. Um dos momentos do festival, senão mesmo o momento mais alto até agora. Grande espetaculo. Sim, não é apenas um concerto, é mais um espetaculo musical, com muita gente em palco, luz, cor, cenarios e encenações. Agarrou o publico do inicio ao fim, e acabou em grande com todo o recinto a saltar. A cena dos corações, embora não fosse uma surpresa para o artista, como ele quis fazer parecer (ja tinham sido usados os corações noutros concertos) resultou em grande, e fez um optimo efeito.
Mais uma vez, não pude ficar até ao fim, e não vi o ultimo concerto. Amanha há mais para acabar em grande.
Dia 8. O melhor ficou para o fim. Pelo menos para mim.
A noite começou de uma maneira fantástica, com a Carminho numa tenda quente demais. Mas o concerto foi muito bom, e desconfio que a podemos ver um dia destes no palco principal.
Depois o grande Mike Patton. Numa versão italiana e com um estilo completamente diferente que o estamos habituados a ver, teve uma boa preformance na Herdade da Casa Branca.
Seguiu-se o meu concerto preferido nesta edição de festival. E que bem estiveram os Beirut. Um concerto que merecia totalmente o palco principal, cheio até ao barrote, com fans a serio a cantarem todas as musicas. Um publico fantastico que viu um grande grupo a dar um excelente espetaculo. Espero sinceramente ve-los no palco principal no proximo ano.
Seguiram-se Air e Massive Attack. Tenho de ser sincero, e por não ser muito a minha praia, fiquei na conversa cá atras a beber umas com o pessoal, e fui ouvindo ao fundo. São bandas que se ama, ou não se grama. Parece-me que para os fans tenham sido bons concertos. São sempre nomes fortes em qualquer lado.
David Guetta fechou o festival com a esperada animação. Tem aquele defeito de não se calar durante as musicas, e de nos brindar com a sua horrivel voz, mas o concerto foi animado e fechou bem o festival.
Para o ano há mais, e com um cartaz bom ou mau, lá estarei!

Nota: Textos escritos a cada dia, na chegada a casa.

Mais e Menos:

Mais: Gente, Espanhois, Pessoas sub18, Liliputianos, Organização, Pontualidade.
Menos: Actividades, Qualidade, Pó, Bebedeiras, Caça Brindes.
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