No editorial do jornal Público de dia 30 de Dezembro, lê-se que aquele jornal não adoptará a nova ortografia:
"Nós, no PÚBLICO, sobretudo não compreendemos para que serve [o acordo ortográfico] e, incapazes de entender a necessidade e as vantagens de uma norma global para o português, decidimos não o adoptar. Vamos continuar a escrever a nossa língua como a escrevemos hoje. [...] O Governo e os seus aliados da CPLP acreditam que o Acordo é fundamental para afirmar o português no mundo, aproximar os povos e reforçar a união entre os oito países lusófonos. Numa frase, os seus defensores — que incluem respeitados linguistas — argumentam que estamos a falar de um acordo instrumental e estratégico para o futuro. Se todos estes argumentos são utópicos, há um que se destaca como particularmente incompreensível: o de que o português, sem o acordo, terá não duas ortografias oficiais mas oito e que tal “não pode acontecer numa língua que pretende ser universal”. Ora o inglês — essa, sim, uma língua universal por excelência e a do nosso tempo — é a língua oficial de mais de 50 países e não consta que haja um acordo planetário com regras a aplicar por essa enorme variedade de culturas, tons, pronúncias e grafias. Excluindo a polémica sobre a “tradição” do português e o papel das consoantes mudas e as suas variações nos oito países da CPLP, há ainda uma última e fatal fragilidade neste acordo – as regras definidas são facultativas. Para que serve então um acordo global se, afinal, é indiferente escrevermos António ou Antônio?"
Desde já, deixo aqui escrito que o Chaparro de Ferro, como grande meio de comunicação social que é, não vai adoptar o acordo ortográfico, continuando assim a escrever na lingua que sempre usei: o "mau Português".
7 comentários:
Acho muito bem, uma salva de palmas ao Público, e ao Chaparro claro está, a escrever sou ruim, mas ao menos que seja ruim em Português de Portugal e não Portugues do Brasil, sim porque é um "facto" que a língua é nossa, esses brasileiros da trampa, falavam por estalos e outras merdas que tais... PORTUGUÊS SEMPRE!
oh sorte...
quem fala por estalos sao os bushman da africa do sul.
já o Sá Pinto fala por murros...
Cumps
Rui
bushman, isso são os mans do bush? LOOL não estava a falar especificamente, estava a critica-los... aqueles caras de cu...
Parabéns pela (na minha opinião) sensata decisão.
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