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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Diario de Bordo

Aqui fica um pequeno diario de bordo do SW2011 que vai sendo escrito ao longo dos dias de festival.
Dia 1
De pulseira azul no pulso "não puxe, não estique, não rasgue, não fume, não corte as pontas", lá fomos até ao recinto para a tradicional recepção ao campista. Mas logo ao chegar ao estacionamento reparámos que esta ia ser diferente. O parque quase atestado de carros festivaleiros era o prenuncio para o que ia acontecer. Uma grande enchente. Sem nomes de destaque, so com DJ's para este primeiro dia ainda a meio gás, o recinto encheu. Um grande ambiente neste primeiro dia de sudoeste, que prova que este é um festival que não precisa de um grande cartaz para proporcionar bons momentos, e trazer muita gente à nossa terra.
Destaco a actuação de Axwell, que faz parte dos Swedish House Mafia, que deixou todo o publico aos saltos durante o seu set, e deixou toda a gente com agua na boca para o ultimo concerto do SW deste ano.
De resto, tudo igual. Comida e bebida cara, e poucas novidades visiveis a "olho nu".
Acabo o diario do dia verificando que, ou os festivaleiros estão cada vez mais novos, ou eu estou mesmo a ficar velho. Ou ambas!

Dia 2
E ao segundo dia entendi que não ia conseguir escrever o diário de bordo todos os dias como fiz nas outras edições. Edições essas que chegava a fazer os textos nos próprios dias dos concertos depois de chegar a casa.
Então este vai ser um diário adulterado, escrito um dia depois do encerramento do festival.
Arranquei de casa mais cedo para que pudesse chegar ao recinto e ver a actuação de Janelle Monáe. E valeu a pena, que grande voz e que grande energia em palco. Adorei a actuação e é sem duvida um nome a reter. Seguiu-se Raphael Saadiq, e dele pouco vi, aproveitei para ir comprar três t-shirts por 10€. Fui ouvindo ao longe, e vi o fim da actuação. Pareceu-me bom. Tou errado?
Depois de algum tempo de espera chegou Snoop. Confesso que as minhas expectativas eram bem baixas. Não sou o maior dos fans deste senhor, e do seu concerto não esperava nada. E talvez por isso, superou todas as minhas expectativas. Gostei da actuação, e da sua ligação a um imenso publico que foi à Herdade da Casa Branca para o ver. Nota muito positiva para este segundo dia de festival.

Dia 3
Mais uma vez sai de casa de propósito para ir ver um concerto em especial. E mais uma vez valeu a pena. Luísa Sobral, a nossa nova coqueluche arrasou. Mesmo num concerto num palco secundário, mesmo cheia de inseguranças e problemas técnicos, a menina dos sete instrumentos mostrou o seu enorme talento, e que já não é uma promessa da nova musica portuguesa. É uma certeza! Um dos meus momentos preferidos do SW2011.
Sai do concerto da menina Luísa a correr para ir ver Patrice, e mais uma vez uma boa actuação bem ao espírito de um festival de verão. Boa onda, animação, é tudo o que se quer em eventos como este.
Seguiu-se Kanye West. E este foi provavelmente um dos momentos do Sudoeste. A actuação poderosa, e toda a produção que envolve o espectáculo coloca Kanye directamente no top dos momentos do SW.
Infelizmente tive de voltar para casa antes da actuação de Underworld. Noutros tempos pediria que me deixassem uma opinião sobre esta actuação nos comentários. Mas isso seria no tempo em que haviam comentários por aqui.

Dia 4
Primeiro concerto perdido. Tive mesmo pena de não ver a actuação de Valete, de quem gosto bastante. Fica para outra ocasião.
Comecei o dia com The Script, que me desiludiram um pouco. Gosto até de algumas das suas musicas, mas pareceram-me completamente descontextualizados. Acho-os uma boa banda de radio, e estou convencido que as suas actuações ao vivo encaixarão perfeitamente noutro tipo de ambientes, mas definitivamente, não num festival. Um dos momentos mais mortos que assisti este ano no Sudoeste.
Depois de uma sandoxa de porco no espeto e de um crepe de chocolate com gelado, cheguei-me à frente do palco para ver a banda que mais queria ver nesta edição. E foi um bom concerto que os Scissor Sisters deram nesta edição do nosso festival. Animados, com musicas orelhudas e dançáveis. Muito bom!
Para terminar o dia, o Déjà vu do ano. Não é que me pareceu que já tinha visto este concerto de Guetta em qualquer lado? Mas pelo menos a sensação foi boa, e mesmo sendo uma repetição do concerto do ano passado deste DJ, foi uma bomba. Guetta rebentou com tudo e elevou muito a fasquia do top das actuações do festival.

Dia 5
Cheguei sozinho ao recinto, e por lá andei uns bons momentos assim. E vi o que sempre vejo, neste ultimo dia há sempre um sentimento de nostalgia e tristeza por ser o ultimo dia. As pessoas deambulam pelo recinto, sem se fixarem tanto nas actuações, aproveitando para ir adiantando a despedida da Costa Alentejana.
Depois disso, e já acompanhado, vi as actuações de Interpol e de The National. Provavelmente (no que ao meu gosto pessoal diz respeito) as melhores bandas que passaram por esta edição. Musica a serio, tocada por musicos a serio, e talentosos ainda por cima. Palavra para a grande actuação de The National, que aliaram um bom gosto musical a um extremo bom gosto visual na sua actuação. Adorei os efeitos visuais.
Depois de tudo isto, e depois de Guetta ter elevado a fasquia. Chegaram os meninos que além de ultrapassarem a fasquia, destruíram-na e atiraram-na para a estratosfera. Que bomba que caiu no SW2011. Swedish House Mafia foram claramente a melhor actuação desta edição, e fecharam o festival em altas, com toda a gente aos pulos. Nota maxima para estes meninos.

Nota sempre positiva para as excelentes sandes de porco no espeto, e super negativa para os sumos de cenoura da Vitacress. Alguem tem de contratar algum para provar os produtos antes de os comercializar...

Para o ano há mais! Lá estaremos!

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